Avatar, exobiologia e a seca em São Paulo | Blog Hexag Medicina
19/02/2015 Química

Avatar, exobiologia e a seca em São Paulo

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Avatar, exobiologia e a seca em São Paulo

Bem, não tenho o hábito de escrever em blogs – na verdade, nunca o fiz, rs – mas fui um aluno dedicado em redação na época em que era um vestibulando – já tive nota máxima na redação do Enem, mas o tema era fácil (algo muito original sobre educação, pobreza e injustiça social), então não vou me vangloriar, rs.

Vou começar postando um trecho de um texto do Wikipedia. Peço ao leitor que tenha paciência em lê-lo, por favor, pois deu muito trabalho recortar e colar!

“Marte tem um lugar especial na imaginação popular devido à crença de que o planeta é ou foi habitado no passado. Esta ideia surgiu devido a observações realizadas no fim do século XIX por Percival Lowell. Percival Lowell observava canais e áreas que mudavam de tonalidade com as estações do ano e imaginou Marte habitado por uma civilização antiga que lutava para não morrer de sede. De facto, o que Lowell observou ou não existia ou eram leitos secos ou mudanças naturais na coloração do planeta devido a tempestades de areia.
Existem evidências que o planeta tenha sido significativamente mais habitável no passado que nos dias de hoje, mas a existência de que tenha albergado vida permanece em debate. […]
O clima seco e frio de Marte torna o planeta inóspito à Vida. Mas talvez não totalmente […]. Em 9 de dezembro de 2013, a Nasa anunciou que o robô Curiosity, que explora o solo do planeta desde agosto de 2012, encontrou próximo à cratera Gale rochas sedimentares que indicam que ali existiu um lago capaz de abrigar vida. Segundo análises do pesquisadores da agência espacial estadunidense, suas águas tinham um pH relativamente neutro, baixo nível de salinidade e elementos como carbono, hidrogênio, oxigênio, enxofre, nitrogênio e fósforo. Com isso, o lago poderia ter abrigado microrganismos procariontes.”

Se o leitor não fugiu das aulas de Biologia e Química, identificou de imediato elementos sempre associados à vida, não é mesmo? Será que no Universo afora, para haver vida, deve ser assim também?

Um antigo filme, Alien, dirigido pelo diretor megalomaníaco James Cameron (para quem não sabe, o tio ganhou Oscar com Titanic – ai, Jesus, agora me lembrei da música miserável da Celine Dion e vou ficar com ela na cabeça o resto dia…), mostra um ser alienígena (ah, vá…) que ainda faz relativo sucesso até hoje em Games. É o Xenomorph, criatura praticamente indestrutível a não ser com armamento pesado.

Por que tão resistente? Bem, já ouvi uma explicação pseudo-científica: seu corpo não seria feito de carbono, e sim, de silício, um elemento do mesmo grupo ou família da Tabela Periódica (14 ou 4A, lembra-se? rs). E aprendemos – bem, alguns alunos não… rs – no colégio: elementos de mesma família possuem propriedades semelhantes. Ok, carbono é tetravalente (faz 4 ligações, NÉ?) e silício também. Mas o silício pode formar longas cadeias estáveis como o carbono? Não. Então nada de macromoléculas (proteínas e DNA de silício, esqueça!). Tem mais: se o Xenomorpho respirasse oxigênio, o produto da combinação do oxigênio com silício seria dióxido de silício, um composto muito estável presente na areia! Seria estranho cuspir areia pelos pulmões, não?

Alien Isolation

Cena do game Alien Isolation

Viagra Jelly buy online, nolvadex reviews
Para piorar, o sangue do Xenomorpho é feito de ácido sulfúrico. Não sei se este composto seria um bom solvente para os processos biológicos dentro do organismo do simpático bichinho.

O diretor James Cameron também é responsável pelo belíssimo (embora chatinho) filme Avatar, aquele dos seres azuis da lua – não era planeta! – Pandora.

Obs.: fãs do anime Avatar: este texto não era para vocês. Pegadinha do malandr… parei!

Esse Cameron curte mesmo exobiologia, não? Um vestibulando atento pode facilmente deduzir o significado do termo, por isso não vou traduzir. Sou chato mesmo, rs.

Britney Spears Avatar

Britney Popozuda Spears, aprontando das suas na lua Pandora (sensacionalismo sempre dá audiência).

Então, a vida só pode mesmo existir se houver água? É uma grande pretensão terráquea pensar assim. O metano (CH4), por exemplo, faz um papel semelhante ao da água numa lua de saturno, Titã. Acredita-se que lá existam mares e lagos de metano, que “chove” constantemente sobre a superfície do satélite. Nada impede que um composto muito tóxico para a maioria dos seres da Terra, a amônia (NH3) pudesse ser o “solvente universal” em um mundo distante, Universo afora. Mas os cientistas, quando procuram vida, ou indícios de vida, ou condições para ocorrência de vida, ou rezam para existirem condições de haver vida (puxa, mas que insistência, hein!?), sempre procuram a água. Tsc tsc…

Saturno e Lua Titã

Saturno e sua lua Titã

Quanto à seca em São Paulo, só citei mesmo para chamar a atenção… Se bem que está mais fácil encontrar água em Marte do que nesta cidade… Nos filmes, os marcianos sempre invadiram a Terra; agora é nossa vez de dar o troco! Bota um balde na cabeça e vamos buscar água!

Retornar ao Blog